Mais um problema no FC Porto: rescindir com a Ithaka prevê uma indemnização
Afinal o negócio para a exploração do Dragão não pode ser cancelado sem a existência de um pagamento de recompensação, além da devolução de 65 milhões de euros.

Quando se resolve um problema parece que surge imediatamente outro para resolver, de igual importância. Pinto da Costa assinou um contrato com a Ithaka, que permitia à empresa a exploração do Dragão, em troca de um empréstimo de 65 milhões de euros e da rentabilização económica do estádio.
O antigo presidente afirmou que caso não vencesse as eleições o seu sucessor só tinha de rasgar o contrato e devolver o dinheiro, mas, segundo O JOGO, não é bem assim. A administração de Villas-Boas analisou o contrato assinado a nove dias do ato eleitoral e considerou ser impossível avançar com o acordo nas condições em vigência, mas ficou a saber que se quiser avançar para a rescisão unilateral, existem cláusulas penais associadas.
O que significa que além de ter de devolver os 65 milhões de euros à Ithaka ainda terá de pagar uma indemnização à reputada empresa que trabalha com clubes como Real Madrid ou Barcelona.
Além deste problema surge aina a questão do refinanciamento da dívida. Segundo o relatório e contas de dezembro de 2023, o FC Porto tem um passivo de 512,7 milhões de euros e uma dívida financeira de 223,1 milhões de euros, o que tem tornado muito complicada a gestão financeiro e serve como amarra ao crescimento do emblema portista.
No entanto, os bancos internacionais de investimento JPMorgan, Morgan Stanley e Goldman Sachs têm interesse em renegociar a dívida dos dragões, o que envolverá não só os prazos de pagamento, mas também encontrar melhores condições para as taxas de juro aplicadas em futuras operações financeiras.